quarta-feira, 6 de abril de 2011

ATIVIDADE - CAPÍTULO 4 - PROVÃO

SOCIOLOGIA – Capítulo 4 – para o provão


1. Como a sociologia define a relação social?
2. De que forma Max Weber e Karl Marx conceituaram a relação social?
3. O que indica o processo social?
4. Como podem ser os processos sociais?
5. O que os processos sociais associativos estabelecem?
6. O que manifestam os processos dissociativos?
7.Identifique:
a. os principais processos sociais associativos:
b. os principais processos sociais dissociativos:

8. Caracterize e exemplifique:
a. Cooperação direta
b. Cooperação indireta

9. Exemplifique a competição e explique a sua escolha.
10.Cite dois exemplos de conflitos existentes em nosso planeta.
11.Na coluna abaixo destaque as características da competição e do conflito.(faça duas colunas em seu caderno e destaque)
12.Quando o conflito se torna terrorismo?
13.Em que situações a acomodação ocorre?
14.No Brasil temos um exemplo histórico de acomodação. Cite-o.
15.Quando ocorre a assimilação?
16.Exemplifique assimilação, a partir do que foi exposto em sala.

RESUMÕES DE SOCIOLOGIA - PROVÃO

RESUMÃO – CAPÍTULO 03 – VIVER EM SOCIEDADE
Prof. Gildo Júnior – Sociologia


Os seres humanos necessitam de seus semelhantes para sobreviver. Comunicar-se, criar símbolos e formas de expressão cultural, perpetuar a espécie e se realizar plenamente como indivíduos.
* Sociabilidade: capacidade natural da espécie para viver em sociedade.
* Socialização: processo pelo qual o individuo se integra ao grupo em que nasceu, assimilando o conjunto de hábitos, regras e costumes característicos de seu grupo.
* Contato social: é o primeiro passo para que ocorra qualquer associação humana. Por meio dele, as pessoas estabelecem relações sociais, criando laços de identidade, formas de atuação e comportamento que são a base da constituição dos grupos sociais e da sociedade.
- Primários: contatos diretos, pessoais. As pessoas envolvidas compartilham suas experiências individuais. Ex: família, amigos, escola.
- Secundários: contatos impessoais, calculados, formais. Ex: cliente e vendedor, patrão e empregados.

É importante salientar que as pessoas que têm uma vida baseada mais em contatos primários desenvolvem uma personalidade diferente daquelas que têm uma vida com predominância de contatos secundários.

* Isolamento social: a ausência de contatos sociais caracteriza o isolamento social. Existem mecanismos que reforçam esse isolamento.
- De ordem social: envolvem os vários tipos de preconceitos (racial, religioso, de sexo...)
- De ordem individual: algumas atitudes que reforçam o isolamento social são a timidez e o preconceito, por exemplo.

* Comunicação: o principal meio de comunicação de ser humano é a linguagem. Por meio dela os indivíduos atribuem significado aos sons articulados que emitem. Por ela transmitimos sentimentos e pensamentos aos nossos semelhantes, assim como nossas experiências e descobertas às gerações futuras.

* Interação social: pode ocorrer entre uma pessoa e outra, entre uma pessoa e um grupo ou entre um grupo e outro. Supõe reciprocidade nas ações entre indivíduos e o aspecto da comunicabilidade humana. Ela pode acontecer entre:

Pessoa ----- pessoa
Pessoa ----- grupo
Grupo ----- grupo.

Interatividade: com o desenvolvimento dos meios de comunicação, novos tipos de contatos sociais vêm se afirmando. Para explicá-los, foi criado o conceito de interatividade.
Entende-se por interatividade a troca simultânea de informações e o acesso imediato a qualquer parte do mundo; ela traduz, particularmente, uma qualidade técnica das chamadas “máquinas inteligentes”.
Pierre Lévy – há diferentes tipos de interatividade, que vão da mensagem linear à mensagem participativa. A mensagem linear se dá por intermédio dos meios de comunicação como a imprensa, o rádio, a TV, o cinema e até as conferências eletrônicas. A mensagem participativa é aquela que utiliza dispositivos como o vídeo- game ou aquela que envolve a troca de informações contínuas (msn, por exemplo).



RESUMÃO – CAPÍTULO 04 – Como funciona a sociedade?
Prof. Gildo Júnior – Sociologia


Relação social: forma assumida pela interação social em cada situação concreta.
Karl Marx defendia que As relações sociais eram decorrentes das relações de produção, ou seja, das relações desenvolvidas no processo produtivo, material da sociedade.

Processos sociais: A palavra processo designa a contínua mudança de alguma coisa numa direção definida. São as diversas maneiras pelas quais os indivíduos e os grupos atuam uns com os outros, a forma pela qual os indivíduos se relacionam e estabelecem relações sociais.
Associativos: cooperação, acomodação, e assimilação.
Dissociativos: competição, conflito.

*Cooperação - É a forma de interação social na qual diferentes pessoas, grupos ou comunidades trabalham juntos para um mesmo fim. Pode ser direta ou indireta. A direta compreende as ações que as pessoas realizam juntas, como é o caso dos mutirões. A indireta é aquela em que as pessoas, mesmo realizando trabalhos diferentes, necessitando indiretamente umas das outras, por não serem autossuficientes.
* Competição - É uma forma de interação que envolve luta ou disputa por bens limitados ou escassos. É regulada por normas, pode ser indireta ou direta, pessoal ou impessoal, e tende a excluir o uso da força e da violência.
* Conflito - O conflito social consiste em uma luta por bens, valores ou recursos escassos, na qual o objetivo dos contendores é neutralizar ou aniquilar seus componentes. Ao contrário da competição, o conflito envolve, em maior ou menor escala, o emprego da violência. O conflito ainda pode levar ainda a uma outra forma extrema violência: o terrorismo, resultado de situações extremas de opressão e de exclusão de grupos sociais.
* Acomodação - Nem todo conflito termina com a extinção do oponente derrotado. Em alguns casos, este pode aceitar as condições impostas pelo vencedor para fugir à ameaça da destruição. Ocorre, assim, um processo de acomodação.
* Assimilação - É a solução definitiva ou mais ou menos pacífica do conflito social.
Trata-se de um processo de ajustamento pelo qual os indivíduos ou grupos antagônicos tornam-se semelhantes. Implica transformação do sentimento de identidade.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

ATIVIDADE - CAPÍTULO 3 - PROVÃO

Capítulo 3 – Viver em sociedade

1. Quando ocorre a socialização?
2. Cite dois exemplos:
a. de contatos sociais primários;
b. de contatos sociais secundários;
3. O que caracteriza o isolamento social?
4. Qual a importância da comunicação nas relações sociais?
5. Diferencie interação de interatividade.

sábado, 26 de março de 2011

SÍNTESE PARA O PROVÃO - CAPÍTULO 3

RESUMÃO – CAPÍTULO 03 – VIVER EM SOCIEDADE
Prof. Gildo Júnior – Sociologia


Os seres humanos necessitam de seus semelhantes para sobreviver. Comunicar-se, criar símbolos e formas de expressão cultural, perpetuar a espécie e se realizar plenamente como indivíduos.
* Sociabilidade: capacidade natural da espécie para viver em sociedade.
* Socialização: processo pelo qual o individuo se integra ao grupo em que nasceu, assimilando o conjunto de hábitos, regras e costumes característicos de seu grupo.
* Contato social: é o primeiro passo para que ocorra qualquer associação humana. Por meio dele, as pessoas estabelecem relações sociais, criando laços de identidade, formas de atuação e comportamento que são a base da constituição dos grupos sociais e da sociedade.
- Primários: contatos diretos, pessoais. As pessoas envolvidas compartilham suas experiências individuais. Ex: família, amigos, escola.
- Secundários: contatos impessoais, calculados, formais. Ex: cliente e vendedor, patrão e empregados.

É importante salientar que as pessoas que têm uma vida baseada mais em contatos primários desenvolvem uma personalidade diferente daquelas que têm uma vida com predominância de contatos secundários.

* Isolamento social: a ausência de contatos sociais caracteriza o isolamento social. Existem mecanismos que reforçam esse isolamento.
- De ordem social: envolvem os vários tipos de preconceitos (racial, religioso, de sexo...)
- De ordem individual: algumas atitudes que reforçam o isolamento social são a timidez e o preconceito, por exemplo.

* Comunicação: o principal meio de comunicação de ser humano é a linguagem. Por meio dela os indivíduos atribuem significado aos sons articulados que emitem. Por ela transmitimos sentimentos e pensamentos aos nossos semelhantes, assim como nossas experiências e descobertas às gerações futuras.

* Interação social: pode ocorrer entre uma pessoa e outra, entre uma pessoa e um grupo ou entre um grupo e outro. Supõe reciprocidade nas ações entre indivíduos e o aspecto da comunicabilidade humana. Ela pode acontecer entre:

Pessoa ----- pessoa
Pessoa ----- grupo
Grupo ----- grupo.

Interatividade: com o desenvolvimento dos meios de comunicação, novos tipos de contatos sociais vêm se afirmando. Para explicá-los, foi criado o conceito de interatividade.
Entende-se por interatividade a troca simultânea de informações e o acesso imediato a qualquer parte do mundo; ela traduz, particularmente, uma qualidade técnica das chamadas “máquinas inteligentes”.
Pierre Lévy – há diferentes tipos de interatividade, que vão da mensagem linear à mensagem participativa. A mensagem linear se dá por intermédio dos meios de comunicação como a imprensa, o rádio, a TV, o cinema e até as conferências eletrônicas. A mensagem participativa é aquela que utiliza dispositivos como o vídeo- game ou aquela que envolve a troca de informações contínuas (msn, por exemplo).

sábado, 19 de fevereiro de 2011

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

ATIVIDADE DE HISTÓRIA DA ARTE - RECUPERAÇÃO

COLÉGIO DIOCESANO DOM BOSCO
Atividade de História da Arte – Recuperação Final 2010
* Pré-história, Renascimento Italiano e Impressionismo

Pré-história

1. Conceitue o termo rupestre, associando-o ao período pré-histórico.
2. Identifique os instrumentos mais comuns produzidos nesse período.
3. Associe a produção da pré-história ao seu pano de fundo cultural, geográfico e social.
4. Cite diferenças entre o homem do Paleolítico e o do Neolítico.
5. Relacione a produção do homem primitivo ao seu sentimento mágico-religioso
6. Quais os objetivos da arte do Paleolítico?
7. O que eram as vênus?
8. Mencione quais os elementos utilizados pelo “artista” primitivo no desenvolvimento do seu fazer artístico.

Renascimento

1. O que foi o Renascimento Cultural Italiano?
2. Qual o estilo adotado pelos arquitetos renascentistas?
3. Quem foi Fillipo Bruneleschi e o que desenvolveu?
4. Quais os elementos utilizados na pintura renascentista?
5. Por que o pintor renascentista adquiriu um pouco de liberdade?
6. Identifique os principais artistas do Renascimento e aquilo que desenvolveram nesse período.

Impressionismo

1. Como surgiu o termo Impressionismo?
2. Quais os elementos principais da arte impressionista?
3. Sintetize as principais características do Impressionismo.
4. Cite os principais pintores e o estilo que adotaram.
5. Quais as orientações gerais que caracterizavam o Impressionista?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

IDH - Brasil em 73o. lugar - UOL 04.11.2010

O ranking anual de IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) feito pela ONU (Organização das Nações Unidas) mostra o Brasil em 73º lugar, com uma nota de 0,699. A lista é liderada pela Noruega, com nota de 0,938, em um valor que vai de 0 a 1. O levantamento inclui 169 países e é realizado todos os anos pela ONU.

Ranking do IDH 2010
1 Noruega 0,938
2 Austrália 0,937
3 Nova Zelândia 0,907
4 Estados Unidos 0,902
5 Irlanda 0,895
6 Liechtenstein 0,891
7 Holanda 0,890
8 Canadá 0,888
9 Suécia 0,885
10 Alemanha 0,885
... ... ...
73 Brasil 0,699

No ano passado, o Brasil aparecia na 75ª posição no ranking do IDH, mas obteve uma pontuação maior, de 0,813.

Com o resultado, o Brasil fica no grupo dos países com desenvolvimento humano considerado alto -- o país mais bem colocado nesse grupo é as Bahamas (43ª), com nota de 0,784, e o último é Tonga, com 0,677 (85ª posição).

A posição do Brasil no grupo das nações de alto desenvolvimento humano, no entanto, ainda é inferior à do Chile, o país latino-americano mais bem colocado, no 45º lugar e nota de 0,783, seguido pela Argentina (46º). Outros países latino-americanos à frente do Brasil são México (56º), Costa Rica (62º) e Peru (63º).

O primeiro grupo, formado pelos países com desenvolvimento humano muito alto, tem, além da "campeã" Noruega, mais 41 países, como Austrália (2ª), Nova Zelândia (3ª) e Estados Unidos (4ª). Além de vários países europeus, aparecem no grupo mais alto Japão (11º), Coreia do Sul e países como Brunei (37º) e Catar (38º).

Nova metodologia
A formulação do IDH, criado em 1990, que passou por uma grande reformulação este ano, segundo a ONU. O índice foi criado há 20 anos. O índice brasileiro, de 0,699, põe o país entre os de alto desenvolvimento humano e é maior que a média mundial (0,624). Segundo o Relatório de Desenvolvimento Humano, resultado é parecido com o total de países da América Latina e Caribe (0,704). Devido à nova metodologia, não se pode comparar o novo IDH com índices anteriores.

IDH - REPORTAGEM DO UOL EM 04.11.2010

Cálculo do IDH
Desde sua formulação original, o IDH é calculado a partir de três pilares: educação, saúde e renda. No entanto, a partir de 2010 o Pnud atualizou a metodologia de cálculo com o objetivo de conseguir resultados mais precisos.

A medição da saúde não sofreu alterações, e ainda é avaliada a partir do indicador “expectativa de vida”. No caso da educação, a antiga variável “alfabetização” foi trocada por “anos médios de estudo”, e o dado “matrícula” foi substituído por “anos esperados de escolaridade”.

A medição do padrão de vida também sofreu alteração: o antigo Produto Interno Bruto per capita foi trocado pela Renda Nacional Bruta per capita, que leva em conta renda enviada e recebida do exterior.

Outra novidade é que as três notas normatizadas não são mais agregadas com média aritmética simples, ou seja, somando-se todas e dividindo o resultado por três. Agora, os índices parciais são multiplicados e o resultado é submetido a radiciação cúbica, na chamada média geométrica.

A vantagem matemática é que países com resultado moderado nos três índices obtém nota final maior do que países com resultados parciais muito desiguais.

Nota do MEC
Em nota, o Ministério da Educação (MEC) considerou que os novos indicadores educacionais propostos para o IDH precisam ser mais bem esclarecidos e que a data e a fonte oficial dos dados que constam do relatório devem ser definidas com mais clareza.

O Ministério defendeu ainda que o indicador de desigualdade dialogue com a série histórica, porque “a velocidade de redução das desigualdades é um traço marcante das políticas recentes do Brasil”. “Essa contagem pune, em termos de índice, os países que construíram políticas sociais e educacionais nos últimos dez anos”, disse.

Em oito anos, a taxa nacional da escolaridade média de pessoas acima de 25 anos de idade cresceu 21,1%”, assinalou a nota. O MEC ressaltou ainda que, por conta de mudanças na metodologia, o novo IDH não é comparável com o dos relatórios anteriores

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A FAMÍLIA

A família é a primeira instituição social na qual os indivíduos aprendem os fundamentos dos valores, da moral, da ética e, sobretudo, do amor. Desde cedo as crianças têm noção do que é permitido ou não, graças à criação recebida pelos seus pais. Por isso, quanto mais equilibrada for esta educação familiar, mais felizes e realizadas as pessoas serão. Conseqüentemente, as demais instituições sociais logo se beneficiarão de tal atitude, pois a partir da educação familiar, toda sociedade tenderá a manter um compromisso de completar e/ou acrescentar na formação do cidadão, e não sendo apenas o único padrão estabelecido.

Algumas pessoas costumam pensar, equivocadamente, que o papel de formação do individuo é da escola. Enganam-se. Na verdade, é a instituição familiar a principal responsável por esta tarefa. Entretanto, infelizmente, são poucas as pessoas que pensam e agem dessa maneira. A maioria prefere deixar que as outras instituições sociais exerçam o compromisso de educarem seus filhos. Talvez, seja este o motivo para muitos cidadãos se comportarem de maneira tão inexplicável perante a sociedade, afinal muitos deles não tem sequer nenhuma referência familiar para se basearem. Então, se a família não educa tampouco a sociedade o fará.

A família é o ponto de partida e a linha de chegada para a educação e formação de qualquer indivíduo. Se ela não for capaz de realizar essa tarefa, a sociedade desanda. Além disso, ela continua sendo referência para muitas pessoas, como é ilustrado na música de Belchior, cuja letra diz: “Hoje eu sei que quem me deu a idéia de uma nova consciência e juventude, está em casa guardado por Deus contando vil metal. Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”.

INSTITUIÇÕES SOCIAIS - 4a. Unidade

INSTITUIÇÕES SOCIAIS. Consistem numa estrutura relativamente permanente de padrões, papéis e relações que os indivíduos realizam segundo determinadas formas sancionadas e unificadas, com o objetivo de satisfazer as necessidades sociais básicas (Fichter). As características das instituições são: têm finalidade e conteúdo relativamente permanentes, são estruturadas, possuem estrutura unificada e valores. Além disso, devem ter função (a meta ou propósito do grupo, cujo objectivo seria regular as suas necessidades) e estrutura composta de pessoal (elementos humanos), equipamentos (meios materiais ou imateriais), organização (disposição de pessoal e do equipamento, observando-se uma hierarquia – autoridade e subordinação), comportamento (normas que regulam a conduta e as atitudes dos indivíduos).

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

IDENTIDADE CULTURAL

A identidade cultural é um conjunto vivo de relações sociais e patrimônios simbólicos historicamente compartilhados que estabelece a comunhão de determinados valores entre os membros de uma sociedade. Sendo um conceito de trânsito intenso e tamanha complexidade, podemos compreender a constituição de uma identidade em manifestações que podem envolver um amplo número de situações que vão desde a fala até a participação em certos eventos.

Durante muito tempo, a idéia de uma identidade cultural não era devidamente problematizada no campo das ciências humanas. Com o desenvolvimento das sociedades modernas, muitos teóricos tiveram grande preocupação em apontar o enorme “perigo” que o avanço das transformações tecnológicas, econômicas e políticas poderiam oferecer a determinados grupos sociais. Nesse âmbito, principalmente os folcloristas, defendiam a preservação de certas práticas e tradições.

Por outro lado, algumas recentes teorias culturais desenvolvidas no campo das Ciências Humanas desempenharam o papel inovador de questionar o próprio conceito de identidade cultural. De acordo com essa nova corrente, muito em voga com o desenvolvimento da globalização, a identidade cultural não pode ser vista como sendo um conjunto de valores fixos e imutáveis que definem o indivíduo e a coletividade a qual ele faz parte.

Um dos mais conhecidos exemplos dessa nova tendência que pensa a questão das identidades pode ser encontrada na obra do pesquisador Nestor Garcia Canclini. Em vários de seus escritos, este pensador tem a recorrente preocupação de analisar diversas situações onde mostra que a cultura e as identidades não podem ser pensadas como um patrimônio a ser preservado. Longe disso, ele assinala que o intercâmbio e a modificação são caminhos que orientam a formulação e a construção das identidades.

Com esses referenciais, antigos problemas que organizavam os estudos culturais perdem a sua força para uma visão de natureza mais ampla e flexível. A antiga dicotomia que propunha a cisão entre “cultura popular” e “cultura erudita”, por exemplo, deixa de legitimar a ordenação das identidades por meio de pressupostos que atestavam a presença de esferas culturais intocáveis em uma mesma sociedade. Além disso, outras investigações cumpriram o papel de questionar profundamente o clássico conceito de aculturação.

Partindo dessas novas noções de identidade, antigos temas relacionados à cultura que aparentavam completo esgotamento ganharam um novo fôlego interpretativo. As identidades passaram a ser trabalhadas com definições menos rígidas. Diversos estudos vão contra a idéia de que uma população deve abraçar a sua cultura e garantir todas as formas possíveis de cristalizá-la. Dessa forma, presenciamos a abertura de novas possibilidades de entender o comportamento do homem com seu mundo.

ACULTURAÇÃO

O conceito de aculturação foi durante muito tempo utilizado para se avaliar o processo de contato entre duas diferentes culturas. Entretanto, a utilização desse tipo de categoria vem sendo cada vez mais criticada e combatida por antropólogos e outros especialistas das ciências humanas. Em geral, a crítica realizada a esse conceito combate a idéia de que uma cultura desaparece no momento em que entra em contato com os valores de outras culturas.

No entanto, essa premissa se mostra completamente equivocada por compreender que a cultura consiste em um conjunto de valores, práticas e signos imutáveis no interior de uma sociedade. Estudos de natureza histórica e antropológica, principalmente a partir da segunda metade do século XX, demonstraram que as sociedades humanas estão constantemente reorganizando suas formas de compreender e lidar com o mundo. Dessa forma, a cultura não pode ser vista de uma forma estática.

Um dos mais claros exemplos desse processo pode ser visto com relação às comunidades indígenas brasileiras. No começo do século XX, as autoridades oficiais acreditavam que a ampliação do contato entre brancos e índios poderia, em questão de décadas, extinguir as comunidades indígenas. Contudo, o crescimento das comunidades indígenas – a partir da década de 1950 – negou o prognóstico do início daquele século.

Dessa forma, devemos compreender que a cultura é um processo dinâmico e aberto em que hábitos e valores são sistematicamente ressignificados. Por isso, a idéia de aculturação não pode ser vista como o fim de uma cultura, pois não há como pensar que um mesmo grupo social irá preservar os mesmos costumes durante décadas, séculos ou milênios. A cultura de um povo, para manter-se viva, deve ser suficientemente livre para conduzir suas próprias escolhas, inovações e permanências.

CONTRACULTURA

Nas sociedades capitalistas, a organização da sociedade e das instituições promoveu a observância de um interessante processo de homogeneização da população como um todo. Diversos teóricos apontaram uma reprodutibilidade em alta escala de formas de pensar, agir e sentir que estariam sendo levadas a todos os indivíduos com o objetivo de propagar uma mesma compreensão do mundo. Nas Ciências Humanas, os conceitos de “cultura de massa” e “indústria cultural” surgiram justamente para consolidar tal ideia.

Em muitos estudos, alguns pesquisadores tiveram a intenção de mostrar como determinadas ideologias ganham alcance na sociedade e, a partir de sua propagação, passam a sedimentar um costume compreendido como natural. Apesar da relevância incontestável desse tipo de trabalho, outros importantes pensadores da cultura estabeleceram um questionamento sobre essa ideia de “cultura dominante” ao mostrarem outra possibilidade de resposta para o tema.

Partindo para o campo das práticas culturais, também podemos notar que o desenvolvimento de costumes vão justamente contra os pressupostos comungados pela maioria. Foi nesse momento em que passou a se trabalhar com o conceito de “contracultura”, definidor de todas as práticas e manifestações que visam criticar, debater e questionar tudo aquilo que é visto como vigente em um determinado contexto sócio-histórico.

Um dos mais reconhecidos tipos de manifestação contracultural aconteceu nas décadas de 1950 e 1960, nos Estados Unidos. Após a saída deste país da Segunda Guerra Mundial, um verdadeiro “baby-boom” foi responsável pelo surgimento de uma nova geração que viveria todo o conforto de um país que se enriqueceu rapidamente. Contudo, ao contrário do que se podia esperar, essa geração desempenhou o papel de apontar os limites e problemas gerados pela sociedade capitalista.

Rejeitando o elogio cego à nação, o trabalho e a rápida ascensão social, esses jovens buscaram um refúgio contra as instituições e valores que defendiam o consumismo e o cumprimento das obrigações. A partir daí foi dado o aparecimento do movimento hippie, que incitou milhares de jovens a cultuarem o amor livre, o desprendimento às convenções e o desenvolvimento de todo um mundo que fosse alternativo ao que fosse oferecido pelo sempre tão criticado “sistema”.

No Brasil, essa ideia de contracultura pode ser observada com o desenvolvimento do movimento hip hop. Embalados pela “beat” eletrônico e letras com rimas ácidas, diversos jovens da periferia dos grandes centros urbanos absorveram um gênero musical estrangeiro para retratar a miséria e violência que se alastravam em várias cidades do país. Atualmente, essa manifestação se diversificou e protagoniza a realização de diversos projetos sociais que divulgam cultura e educação.

Com respeito ao conceito de contracultura, não podemos simplesmente pensar que ele vá simplesmente definir a existência de uma cultura única e original. Pelo contrário, as manifestações de traço contracultural têm a importante função de revisar os valores absorvidos em nosso cotidiano e, dessa forma, indicar novos caminhos pelo qual o homem trilha suas opções. Assim, é necessário sempre afirmar que contracultura também é cultura!

CULTURA, NOSSA HERANÇA SOCIAL

A cultura ao ser definida se refere à literatura, cinema, arte entre outras, porém seu sentido é bem mais abrangente, pois cultura pode ser considerada como tudo que o homem através da sua racionalidade, mais precisamente a inteligência, consegue executar, dessa forma todos os povos e sociedades possuem sua cultura por mais tradicional e arcaica que seja, pois todos os conhecimentos adquiridos são passados das gerações passadas para as futuras.

Os elementos culturais são artes, ciências, costumes, sistemas, leis, religião, crenças, esportes, mitos, valores morais e éticos, comportamento, preferências, invenções e todas as maneiras de ser (sentir, pensar e agir).

A cultura é uma das principais características humanas, pois somente o homem tem a capacidade de desenvolver culturas, distinguindo-se dessa forma de outros seres como os vegetais e animais.

Apesar das evoluções pelas quais passa o mundo, a cultura tem a capacidade de se permanecer quase intacta, e são passadas aos descendentes como uma memória coletiva, lembrando que a cultura é um elemento social, impossível de se desenvolver individualmente.